Retalhos de uma Manta Inacabada

Sou uma manta, cuidadosamente, tecida com os mais puros retalhos de seda selvagem e burel, cujas cores o tempo se encarregou de avivar ou desmaiar. Nela vão resistindo pequenos retalhos do bibe de xadrez com que brincava no jardim encantado do sonho. Num dos lados, repousam enormes retalhos de todos aqueles que já partiram, mas que conservarei para sempre no meu coração. No outro lado, estão todos aqueles que ainda posso tocar e amar.

Nome:
Localização: Aveiro, Portugal

Eternamente crisálida...

sábado, julho 29, 2006

Até logo...


-Quem sou eu?
-És o maninho.
-Quem sou eu?
-És o maninho.
- Quem sou eu?
- És o maninho padinho.
- Ah… assim sim e dá-me um beijinho.

Lembras-te das inúmeras vezes que me “chateavas” até eu te chamar maninho padinho?

Anda, maninho padinho, dá-me a tua mão e caminhemos por esses campos que nos viram crescer…

Quero que me faças aquele papagaio de papel colorido com que me fazias correr pela areia da praia brilhante dos teus olhos sempre sorridentes…

Quero que me faças aquele assobio com a palha verde do trigo e me ensines a chamar os rouxinóis…

Quero que me leves encarrapitada nos teus ombros e corras à volta do jardim a fazer "cavalicoque"…

Quero voltar aqueles dias em que passeávamos de barco… em que me ensinaste a remar … em que abanavas o barco até me fazeres gritar…

Quero voltar a caçar pardais contigo… quero que me voltes a ensinar a armar costelos e a escolher as espigas de milho para assar…

QUERO OLHAR-TE, maninho padinho… quero voltar a ver-te caricaturado a giz na porta da adega com a legenda que os teus filhos carinhosamente escreveram “O careca já não manda aqui.”

Quero voltar a ajudar-te e ouvir-te dizer “ Chiça que tu não percebes nada disto”.

Quero que me ensines tanta coisa… quero sentar-me ao teu lado e ver o rio correr…

Hoje vais dormir sozinho pela primeira vez, mas quero que saibas que permanecerás para sempre a sorrir dentro de mim.

Até logo, mano.

Gracita

segunda-feira, julho 17, 2006

Fascinação em tons de azul e ouro...


Pelas tardes silenciosas da minha vida, vou desabrochando em nuvens algodoadas que o sol poente acabará por dourar...


Maria Rosmaninho

segunda-feira, julho 10, 2006

E assim vou vagueando pelos caminhos telepáticos...



Lara Li – Telepatia

domingo, julho 09, 2006

Momentos...


No meu corpo açoitado pelas neves invernosas fervem, em torrentes de lava, momentos de um acaso solto nas asas douradas de um vento que o sol, lava incandescente do vulcão que me assola, crestou.

Do veludo da minha pele, jorram torrentes de calor que tocam os teus dedos sedosos…

Dos meus olhos, faíscantes de luz, evadem-se míriades de estrelas que vão pousar na tua boca ainda adormecida e se desfazem em turbilhões de vida…

Da concha das minhas mãos, quentes de te afagar, brota o pó do talco das rosas brancas que cultivo para te dar…


Da minha boca, sussurrante, desprendem-se as palavras não ditas do eterno desejo de te amar…

E da totalidade do meu ser emerge aquela doce loucura… de um imaginar dolente e terno em que o silêncio ocupa o teu lugar…

E é no sentir da seda da tua pele que continuo a construir o meu tear.


Maria Rosmaninho

sexta-feira, julho 07, 2006

Ballade pour toi...

Richard CLayderman, Ballade pour Adeline

Castpost

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