Retalhos de uma Manta Inacabada

Sou uma manta, cuidadosamente, tecida com os mais puros retalhos de seda selvagem e burel, cujas cores o tempo se encarregou de avivar ou desmaiar. Nela vão resistindo pequenos retalhos do bibe de xadrez com que brincava no jardim encantado do sonho. Num dos lados, repousam enormes retalhos de todos aqueles que já partiram, mas que conservarei para sempre no meu coração. No outro lado, estão todos aqueles que ainda posso tocar e amar.

Nome:
Localização: Aveiro, Portugal

Eternamente crisálida...

domingo, maio 21, 2006

Tronco esculpido de esperança


É contra a podridão das almas que me insurjo porque o ser, mesmo carcomido dos anos e das intempéries, mantém-se sempre firme bordejando qualquer caminho solitário.

O corpo, mesmo que a escuridão do caminho o tente cobrir com seu manto de sombras, continua erguido com as raízes mergulhadas no lago da esperança e tronco erecto em direcção ao além que o fascina.

Não há sol… chuva...vento…tempestade… que o impeça de alcançar esse Éden que procura por entre a infinidade das almas que respiram.

Maria Rosmaninho

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Como é que um tronco de idade indefinida,carcomido pelo tempo,pode dar tão belo texto? Só uma alma bela como tu o poderia escrever.
Beijo grande.
Maria

21 maio, 2006 17:56  
Anonymous Anónimo said...

Maria Rosmaninho

É surpreendente a forma como em cada palavra que escreve nos consegue transmitir uma infinidade de sensações.

Parabéns

22 maio, 2006 14:22  

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