Retalhos de uma Manta Inacabada

Sou uma manta, cuidadosamente, tecida com os mais puros retalhos de seda selvagem e burel, cujas cores o tempo se encarregou de avivar ou desmaiar. Nela vão resistindo pequenos retalhos do bibe de xadrez com que brincava no jardim encantado do sonho. Num dos lados, repousam enormes retalhos de todos aqueles que já partiram, mas que conservarei para sempre no meu coração. No outro lado, estão todos aqueles que ainda posso tocar e amar.

Nome:
Localização: Aveiro, Portugal

Eternamente crisálida...

domingo, maio 14, 2006

Grito ensurdecido


Dá-me a tua mão, meu amor!
Quero sentir o teu doce calor,
Dedilhar a tua pele macia,
Colar-me nela até ser dia…
Quero sentir o calor do teu olhar
E no seu brilho me enovelar…

Estendo para ti a minha mão
E só apalpo a eterna solidão.
Abraço em mim a fúria de viver,
Mas nada mais há para vencer.
Descanso agora o rosto entristecido,
Num colo que outrora foi teu abrigo.

E o som desta nova madrugada
É o som desta alma amargurada
Gritando em convulsões de dor
Num peito que já foi ninho de amor.

Maria Rosmaninho

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Sem dúvida que as tuas palavras vão muito para além daquilo que elas significam.
Calam fundo nos sentimentos...nas sensações...na imaginação.
Cada vez mais estou rendido à tua veia...poética...artística...de mulher!!!

15 maio, 2006 17:36  
Anonymous Anónimo said...

Muito belo Maria.
Que o amor nos dê sempre as maõs em todos os nossos recantos da alma.
Beijo grande
Maria

19 maio, 2006 15:46  
Anonymous Anónimo said...

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05 fevereiro, 2007 23:50  

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