Retalhos de uma Manta Inacabada

Sou uma manta, cuidadosamente, tecida com os mais puros retalhos de seda selvagem e burel, cujas cores o tempo se encarregou de avivar ou desmaiar. Nela vão resistindo pequenos retalhos do bibe de xadrez com que brincava no jardim encantado do sonho. Num dos lados, repousam enormes retalhos de todos aqueles que já partiram, mas que conservarei para sempre no meu coração. No outro lado, estão todos aqueles que ainda posso tocar e amar.

Nome:
Localização: Aveiro, Portugal

Eternamente crisálida...

quinta-feira, maio 04, 2006

Impressões do Crepúsculo



Sou um lago deserto onde bóiam farrapos de folhas desprendidas das árvores verdejantes de outrora.

Águas paradas espelhando, numa verticalidade negra, nesgas de um céu azul que teima em rasgar esse lago…outrora esfuziante de vida e cor.

E o verde que teima em cobrir as pedras enegrecidas pelo tempo é o som de um novo dia que brotará para a vida, como hastes floridas em tons feitos de luz.

Maria Rosmaninho

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O tempo enegrece, mas também nos dá o prazer de viver com tantas tonalidades de luz que nos ficam na retina para todo o sempre.
As tuas palvras são como luz. Parabéns.

04 maio, 2006 19:19  
Anonymous Anónimo said...

Palavras doces de um sublime tempo,ainda por descobrir.
Adorei amiga.
Beijinhos
Maria

04 maio, 2006 20:58  

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