Com espinhos...Sem espinhos...

Os cactos espinhosos espreitam-me em cada esquina como a maçã envenenada de qualquer bruxa madrasta… toco-os suavemente e sinto a dor entranhar-se na minha pela desprotegida e audaz.
Naquela esquina… bem mais inacessível, há um cacto verdinho e macio que me observa com o seu tímido olhar feito de pétalas arredondadas e carnudas.
Toco…? Não toco…?
Há em cada pétala um apelo ao toque doce e suave de uma pele feita de veludo enriquecido pelo tempo… há na sua forma enovelante o apelo ao aconchego suave e tranquilizante.
Tenho medo… a minha pele, afeita aos espinhos que injectam o veneno que tem crescido comigo, teme este toque aveludado e sedoso que estremece o meu ser em frémitos de prazer e… medo.

Suavemente, estendo os meus dedos sedentos para estas pétalas enoveladas em espirais de veludo e prazer… olho o seu centro como uma cratera de vulcão e espero…que me dês a tua mão.
Maria Rosmaninho
1 Comments:
maria rosmaninho,continua que estás no bom caminho.
beijos
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