Escrevo...
Escrevo quando o sol se esconde por trás dos outeiros e a lua espalha sobre mim os seus raios de prata.
Sento-me no patamar do meu sonho e, pouco a pouco, vou desfiando o novelo das palavras que se enrola no meu colo.
Com os fios de seda, teço nuvens algodoadas que pairam sobre os castelos tecidos numa trama de juta… enrijecida pelo tempo.
Com estes fios de lã, teço ninhos de ternura que vou aquecendo com o calor que brota da minha alma sedenta de luar.
E, na trama de linho urdida no meu peito, enrolo os fiapos dourados de uma vida a partilhar!
Maria Rosmaninho