Retalhos de uma Manta Inacabada

Sou uma manta, cuidadosamente, tecida com os mais puros retalhos de seda selvagem e burel, cujas cores o tempo se encarregou de avivar ou desmaiar. Nela vão resistindo pequenos retalhos do bibe de xadrez com que brincava no jardim encantado do sonho. Num dos lados, repousam enormes retalhos de todos aqueles que já partiram, mas que conservarei para sempre no meu coração. No outro lado, estão todos aqueles que ainda posso tocar e amar.

Nome:
Localização: Aveiro, Portugal

Eternamente crisálida...

quinta-feira, setembro 21, 2006

Renascerei...




Renascerei das cinzas de uma fogueira com achas feitas de marcas esculpidas a cinzel...

Erguerei as asas na noite de breu e voarei ao encontro do infinito de uma vida a descobrir...

Transportarei no dorso as crias de um sonho por viver que me acena lá ao longe, por entre sorrisos de loucura...

Estenderei para ti as minhas mãos e, na concha dos teus braços, aninharei a minha alma... já cansada de voar...

Ressurgirei das águas e planando sobre elas, levar-te-ei o meu coração envolto em tiras de papel de seda...

Partirei ao teu encontro e… na pele sedosa do teu rosto, espelharei para sempre o meu olhar.


Maria Rosmaninho



1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Maria Rosmaninho

Há muito tempo que não vinha ao seu blog. Fiquei pesaroso com alguns dos seus textos que denunciam uma grande dor mas satisfeito por ver a sua vontade de renascer.
A sua forte sensibilidade só lhe poderá trazer estes momentos de agrura e melodia que jorra dos seus textos/poemas.

Carlos

16 outubro, 2006 12:33  

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