Sombra de mim mesma
Não me apetece dormir…
Quero sair para a rua, embrenhar-me nesta noite de breu e chorar…
Quero sentir os ramos das árvores vergastarem o meu corpo entristecido… sentir os espinhos penetrarem a minha alma em chaga…
Onde está o teu brilho, Lua?
Onde está a minha companheira das noites mágicas de calor?
No céu salpicado de estrelas, a ausência da tua luz torna mais profunda a escuridão do meu ser.
Já não há estrelas! Já não há céu azul!
O som do mar é agora medonho e as minhas lágrimas são gotas negras nesta noite sepulcral…
Os meus pés enterram-se na areia de um mar que já reflectiu o céu estrelado de vida e amor…
Estas são agora as areias movediças de um qualquer pântano negro que me engole.
Já não há luz! Já não há mar!
Já não há vida dentro de mim… sou a sombra do que fui, lentamente afogada nesta noite de breu.
Maria Rosmaninho
3 Comments:
Rosmaninho doce
Este texto é pesado e dorido.
Não tem muito a ver contigo.
És uma mulher alegre, generosa, lúdica, com um humor excelente.
Longe vá o agoiro, mas se escreves outro igual, tenho que te prescrever um antidepressivo, de 14 graus e de preferência alentejano.
Não. Este não miudita.
Beijo perfumado
Alecrim perfumado
Prometo não voltar a fazer isto muitas vezes, mas um dia destes vou colocar aqui um texto bonito mas ensopado de lágrimas.
Até lá, um beijo rosmaninhado
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