Retalhos de uma Manta Inacabada

Sou uma manta, cuidadosamente, tecida com os mais puros retalhos de seda selvagem e burel, cujas cores o tempo se encarregou de avivar ou desmaiar. Nela vão resistindo pequenos retalhos do bibe de xadrez com que brincava no jardim encantado do sonho. Num dos lados, repousam enormes retalhos de todos aqueles que já partiram, mas que conservarei para sempre no meu coração. No outro lado, estão todos aqueles que ainda posso tocar e amar.

Nome:
Localização: Aveiro, Portugal

Eternamente crisálida...

domingo, abril 16, 2006

Ponto a ponto...




Quem nunca arrancou da terra as frágeis plantas do linho que hão-de compor a trama?

Quem nunca teceu com pontos feitos de sonho e desilusão a trama de uma vida?

Ponto a ponto se tece a trama… que em cada fio se cruza…entrelaça…desenha.

Há em cada um de nós uma trama de cetim e de burel… nela enredamos os fios… nela arrancamos os fios… nela tecemos nuvens e castelos de vento… nela tecemos os abismos mais profundos da nossa sórdida existência..

Ah.. se eu fosse um qualquer bicho-da-seda… aranha…fada… para poder tecer com fios de luz… a paz… a ventura… o amor…e colocá-los nas tuas mãos envoltos em papel de seda.

Maria Rosmaninho

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Simplesmente maravilhoso.
Parabéns.

CVR

20 abril, 2006 19:28  
Anonymous Anónimo said...

Algumas pessoas deixam o seu perfume...
Mogadouro

09 maio, 2006 01:47  

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